Contexto e Causas das Manifestações
A Venezuela tem sido palco de intensas manifestações em 2024 contra o governo de Nicolás Maduro. Nas eleições presidenciais realizadas em 28 de julho, Nicolás Maduro, o líder da Venezuela desde 2013, foi reeleito para um terceiro mandato. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) informou que Maduro obteve 51,2% dos votos, enquanto Edmundo González, o principal candidato da oposição, obteve 44% (euronews) (GP1).

Milhares de pessoas protestaram nas ruas de Caracas e outras cidades contra os resultados das eleições presidenciais recentes, que muitas pessoas consideram fraudulentas. Os manifestantes exigem uma transição para a democracia e transparência.
Repressão e Detenções
Tanto dentro como fora do país, a eleição recebeu muitas críticas. Observadores internacionais e membros da oposição venezuelana denunciaram várias irregularidades, como o controle do governo sobre o CNE e a exclusão de candidatos importantes como María Corina Machado. Preocupações sobre a legitimidade do resultado eleitoral surgiram devido à exclusão de Machado e outros, bem como à falta de transparência no processo eleitoral (euronews) (GP1).

O governo tem reprimido fortemente as manifestações. Mais de 230 pessoas foram presas por motivos políticos até o momento, incluindo líderes de oposição e ativistas dos direitos humanos. Aproximadamente 12.500 pessoas foram presas desde o início dos protestos, das quais 7.300 foram liberadas sob condição, mas ainda estão sob ameaça de ser processadas. As detenções, que geralmente ocorrem sem mandados, incluem manifestantes, observadores e indivíduos que foram retirados de suas casas.
Crise Econômica e Sanções
A hiperinflação e o declínio econômico na Venezuela são os últimos sinais de uma grave crise econômica. O país, que tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo, tem enfrentado dificuldades para manter sua produção como resultado de sanções internacionais e uma política econômica ineficaz. O PIB do país caiu drasticamente desde 2013, e um grande número de pessoas vive em situação de pobreza extrema (euronews).
Consequências Humanitárias
Uma das causas principais das manifestações é a crise humanitária. Cerca de 66% da população venezuelana está carente de alimentos, medicamentos e serviços básicos, como água e eletricidade. Mais de 72% da população não tem acesso a serviços de saúde pública quando necessário devido ao colapso da infraestrutura hospitalar. A segurança alimentar é precária, com altos índices de desnutrição infantil e doenças associadas à falta de saneamento básico.
Danos e Impactos nas Infraestruturas
Além disso, as manifestações e a resposta violenta das autoridades causaram danos significativos à infraestrutura pública e privada.

Contudo o país, que possui uma das maiores reservas de petróleo do mundo, teve uma queda significativa na produção e está enfrentando severas sanções internacionais, principalmente dos Estados Unidos, que questionam a legitimidade das eleições e do governo de Maduro (euronews) (GP1).
Futuro incerto com as Manifestações
Assim a incerteza política e econômica da Venezuela persiste após a vitória de Maduro. Contínuas preocupações sobre a legitimidade do governo de Maduro e o futuro da democracia na nação foram expressas pela comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos. As sanções e a pressão diplomática provavelmente continuarão enquanto o país lidar com grandes problemas (euronews) (GP1)

Entretanto a repressão política, crise humanitária e desintegração social são as várias facetas da crise multifacetada que afetará a Venezuela em 2024. Contudo a resposta global inclui uma investigação do Tribunal Penal Internacional e pressão para sanções e outras medidas contra o governo venezuelano.