
O BRICS, que é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, é um grupo de cinco economias emergentes importantes que têm um impacto significativo na economia mundial. Entretanto o objetivo do BRICS desde sua fundação tem sido equilibrar as economias desenvolvidas e organizações conhecidas como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Este artigo examina o progresso recente da economia do BRICS, os obstáculos enfrentados e as perspectivas para o futuro.
Contexto Histórico e Formação
O economista Jim O’Neill criou o termo BRIC em 2001. Em 2010, a África do Sul entrou no grupo, transformando-o em BRICS. Os países membros do grupo representam cerca de 42% da população mundial e aproximadamente 23% do PIB global, e o grupo visa promover a cooperação em áreas como economia, política e cultura.
Desempenho Econômico Recente:
Brasil
Na última década, a maior economia da América Latina, o Brasil, enfrentou grandes problemas econômicos, incluindo uma profunda recessão de 2014 a 2016. No entanto, a economia do país tem mostrado sinais de recuperação nos últimos anos. O PIB cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2023, com previsão de crescimento anual de 2,5% até 2024. Os principais impulsionadores da recuperação são as reformas econômicas e o aumento das exportações agrícolas.
Rússia
Sanções econômicas e uma queda nos preços do petróleo afetaram a economia russa, que depende fortemente das exportações de petróleo e gás. A Rússia enfrentou uma contração do PIB de 2,1% no primeiro semestre de 2023, principalmente devido às sanções impostas por causa da guerra na Ucrânia. No entanto, a resiliência da economia russa e a diversificação gradual de outros setores indicam uma recuperação potencial, com um crescimento previsto de 1,5% em 2024.
Índia
A Índia se tornou uma das economias que mais crescem rápido no mundo. O PIB da Índia cresceu 6,1% no segundo trimestre de 2023, impulsionado pelo crescimento nos setores de serviços e manufatura. Com grandes investimentos em infraestrutura e tecnologia, a taxa de crescimento anual é projetada em 7,0% para 2024.
China
O crescimento econômico da segunda maior economia do mundo, a China, tem diminuído. O crescimento do PIB no primeiro semestre de 2023 foi de 5,5%. Isso foi menor do que nos anos anteriores devido às tensões comerciais com os Estados Unidos e aos esforços para equilibrar a economia. Para 2024, é esperado um crescimento anual de 5,2%.
África do Sul
A África do Sul enfrenta problemas estruturais, como um alto desemprego e uma desigualdade elevada. O PIB cresceu apenas 0,8% no segundo trimestre de 2023, mostrando uma recuperação lenta. Entretanto para 2024, as reformas econômicas e a luta contra a corrupção devem ajudar a economia do país a crescer 1,3% ao ano.
Desafios Comuns

Apesar das conquistas, as nações do BRICS enfrentam questões comuns, como:
- Desigualdade Social e Econômica: Contudo a desigualdade de renda persiste em todas as nações do BRICS, prejudicando o progresso futuro.
- Corrupção: Ademais a corrupção em vários níveis de governo e setores econômicos prejudica o crescimento e a confiança do mercado.
- Dependência de Exportações: As economias que dependem demasiado das exportações de commodities são mais vulneráveis às flutuações de preços globais.
Perspectivas Futuras
Ademais a capacidade dos países membros de enfrentar esses obstáculos e trabalhar em conjunto mais forte dependerá do futuro do BRICS. No entanto o estabelecimento do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e outras medidas de financiamento são avanços significativos. Além disso, o grupo tem o potencial de se expandir para incluir outras nações em desenvolvimento, aumentando assim sua influência em todo o mundo.
Conclusão
Contudo o BRICS continua a ser um grupo econômico significativo com um papel cada vez maior na economia mundial. Embora haja muitos desafios, um esforço conjunto para reformas econômicas, combate à corrupção e diversificação econômica é necessário para garantir um crescimento inclusivo e sustentável. Além disso, o BRICS tem a capacidade de se tornar um impulsionador do crescimento global nas próximas décadas se adotar uma abordagem coerente e visionária.